quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

REVISTA TPE

Galera, a revista TPE agora está disponível aqui no BLOG. 
Basta fazer Download. 

A revista conta os 10 anos de trajetória do TPE, com fotos dos espetáculos e sinopse, além de histórias divertidas e artigos de grandes profissionais na área do teatro e das artes em geral.


(após abrir o link clique na indicação: click here to start download from sandspace)






quarta-feira, 28 de novembro de 2012

INSCRIÇÕES TPE 2013

Estão abertas as inscrições para o TPE 2013,
abaixo segue o regulamento...

ATENÇÃO aos grupos que pretendem inscrever seus projetos.
As fotos solicitadas no regulamento são para divulgação e são totalmente necessárias no momento da inscrição!

edital de inscrição



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Critica sobre o espetáculo Lady Macbeth

Qualidade desde o início, é o que diz a critica do Blog Teatro Poa..

confiram..

http://teatropoa.blogspot.com.br/2011/09/lady-macbeth.html

Para que ainda não assistiu Lady Macbeth , ainda tem duas semanas...

todas as quartas de Novembro
as 12:30 e as 19:30
com ENTRADA FRANCA
na sala alziro azevedo

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lady MacBeth em Novembro

Galera esse mês o Tpe traz o espetáculo  " Lady MacBeth"



A personagem pintada por Shakespeare com as cores da força e da ambição desmancha-se nas pertubadas visões de um desejo frustado. Ninguém viu a mancha que teimava em permanecer. Ninguém viu porque ela fugia com um sonho que não se permite abraçar, embora tão próximo, quase real. Ninguém viu, mas ela estava lá. 


Baseado no conto de Vinícius Canhoto

Elenco: Ingrid  Binini e Giulia Maciel
Direção e trilha sonora: Franciele Aguiar
Figurinhos: Ingrid Bonini e Franciele Aguiar
Originado na disciplina: Estágio de Atuação I
Orientação: Inês Marocco




Foto: Amanhã estreia no Projeto TPE "Lady MacBeth"
Todas as quartas-feiras de novembro, sempre às 12:30 e 19:30 com entrada FRANCA (retirada de senhas 1h antes), na Sala Alziro Azevedo (Av. Salagado Filho, 340)!

A personagem pintada por Shakespeare com as cores da força e da ambição desmancha-se nas perturbadas visões de um desejo frustrado. Ninguém viu a mancha que teimava em permanecer. Ninguém viu porque ela fugia como um sonho que não se permite abraçar, embora tão próximo, quase real. Ninguém viu, mas ela estava lá.

Baseado no conto de Vinícius Canhoto

Elenco: Ingrid Bonini e Giulia Maciel

Direção e trilha sonora: Franciele Aguiar

Figurinos: Ingrid Bonini e Franciele Aguiar.

Originado na disciplina: Estágio de Atuação I

Orientação: Inês Marocco





Todas as quartas feiras de novembro 
na Sala Alziro Azevedo ( av. Salgado Filho, 340)
as 12:30 e as 19:30
entrada franca
senhas uma hora antes 



sábado, 27 de outubro de 2012

UFRGS TV

Já está disponivel a matéria da UFRGS TV ,no programa efêmera arte, com o elenco do Osculum. 
segue abaixo... 




Ultimas apresentaçõs dia 31 de novembro às 12:30 e às 19:30
como sempre, senhas uma hora antes. 







quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Chamada do espetáculo Osculum

No programa Efêmera Arte da UFRGS TV, chamada do espetáculo Osculum. 





Agora na sala Alziro Azevedo
não mais na Cia de Arte, 








sala Alziro Azevedo
Av. Salgado Filho, 340
todas as quartas feiras de Outubro.
as 12:30 e as 19:30

entrada franca

senhas uma hora antes

De volta a sala Alziro Azevedo

É com grande alegria que o TPE anuncia que, o projeto, voltará a acontecer na sala Alziro Azevedo, no Departamento de Arte Dramática.

A sala oficial do projeto, depois de passar por uma reforma volta a entrar em funcionamento. 
A reabertura, acontece com o espetáculo Osculum a partir desta quarta feira, nos horários: 12:30 e 19:30



a entrada é pela av. Salgado Filho, 340.

entrada franca
senhas uma hora antes.








sexta-feira, 28 de setembro de 2012

OUTUBRO

Devido aos problemas na reforma da Sala oficial do TPE  Alziro Azevedo, 
o espetáculo OSCULUM  ainda não tem lugar definido. 


Osculum ( adaptação de O beijo no Asfalto de Nelson Rodrigues) 



OSCULUM

   Em outubro o TPE apresenta o espetáculo OSCULUM.

Uma adaptação do texto "O Beijo no Asfalto" de Nelson Rodrigues.
OSCULUM, que significa beijo em latim, revela a encenação onde uma família que é confrontada por uma situação anormal, segundo os padrões da sociedade da qual está inserida: Um homem beijo outro homem na boca, pouco antes de sua morte. A situação logo toma proporções gigantescas quando a mídia, juntamente com a polícia, transforma o fato em uma notícia bombástica. A policia age de forma oposta ao seu caráter social; a mídia usa o acontecimento como mercadoria que lhe é ofertada. Dessa forma, o que se vê em Osculum são indivíduos sendo esmagados  pelas engrenagens de seu meio social, tomado de corrupção, preconceito e autoritarismo. 










Direção: O grupo
Autor: Nelson Rodrigues ( adaptação da Obra O Beijo no Asfalto)
Orientação: Cris Werlang
Elenco: Jeferson Cabral, Juliana Wolkmer, Ketti Maria, Renata Cieslak, Áquila Mattos
Preparação vocal: Ligia Motta
Fotos: Sofia Wolff
Duração: 50 min

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Chamada " SONHE"



SONHE

Em setembro SONHE

    Nesse mês de Setembro, o TPE volta a ser realizado na Salgado filho. Embora ainda não acontecendo na sala Alziro Azevedo, será em uma das salas do departamento.
    O espetáculo que trará o publico de volta ao Departamento de Arte Dramática, é o "SONHE".


ESPETÁCULO SONHE
Cia. Mulheres Públicas da Arte
www.ciamulherespublicas.tumblr.com 

Todas as quartas de Setembro em cartaz na mostra TPE
Horário: 12h30 e 19h30
Local: Av, Salgado Filho 340
Observações: 30 min antes de cada sessão, os espectadores começaram a ser conduzidos a sala do espetáculo em blocos, por ordem de chegada, para que haja melhor comodidade e conforto há todos. Os espectadores tambem poderão participar do aquecimento com o grupo se lhes for de bom grado.

Ficha Técnica

Sinopse: Em uma dramaturgia colaborativa, que parte de colagens da literatura de João Cabral de Melo Netto, Beckett, Jeff Buckley, até letras de musicas do gênero post-hardcore, um performer e um projetor em relação direta, conduzem o espectador a um dialogo com a polifonia contemporânea, ligados por uma narrativa não linear onírica em busca de uma identidade diegética. Todos esses níveis se entrelaçam em uma atmosfera surrealista em busca dos sentidos intuitivos humanos. A memória RAM e o R.E.M: dois mundos que se cruzam criando uma dimensão alternativa entre sonho, memória e realidade.

p.s: O amor comeu essa sinopse.


Livremente inspirado na obra de João Cabral de Melo Neto, Jeff Buckley, Cordel Do Fogo Encantado, J. Pollock, BMTH, Steven Spielberg, Underoath, Samuel Beckett, Kazuo Ishiguro, J. Racine e fatos cotidianos.
Direção, pesquisa e composição audiovisual: Kevin Brezolin
Elenco: Diego Acauan
Dramaturgia: Cia. Mulheres Públicas
Fotos: Jéssica Lusia
Orientador: Inês Marroco
Duração: 30 min

Efêmera Arte - O QUE VOCÊ FOI QUANDO ERA CRIANÇA?

No programa Efêmera arte da UFRGS TV , uma matéria sobre o espetáculo do mês de AGOSTO " O QUE VOCÊ FOI QUANDO ERA CRIANÇA ?"

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

TPE Agosto

Neste mês de Agosto, o TPE trás a peça  " O QUE VOCÊ FOI QUANDO ERA CRIANÇA?"  de Lourenço Mutarelli.

O Palhaço (Kevin Brezolin) perde o emprego e pede abrigo na casa de seu primo José ( Juliano Rabello), para ele e para sua esposa, a Mulher Invisível ( Luiza Sansone). O primo, juntamente com sua esposa Shirley ( Jessica Christmann), fazem uma festa de boas vinda. Shirley convida suas amigas da faculdade Carmela ( Alessandra Souza) e o seu marido Erasmo ( Diego Acauan), além de Lila ( Natália Xis). Esses personagens que são obrigados a dividir o mesmo espaço, passam ao decorrer do espetáculo a dividir o mesmo tempo. Fitas de interdição ajudam nessa espacialização, e na divisão do espaço.

O espetáculo, que acontece em todo o mês de Agosto no Teatro de Arena, conta com um público reduzido. Apenas 30 pessoas podem prestigiar "a chegada do palhaço" a cada sessão. Uma relação íntima com o espectador é traçada, enquanto os atores se colocam em cena como personagem.

" O Que Você Foi Quando Era Criança?"
Teatro de Arena - Borges de Mederiros, 835.
Dias 01/08/15/22/29 de agosto 
Horario: 12:30 e 19:30

ENTRADA FRANCA!
Senhas uma hora antes

Ficha Técnica
Autor: Lourenço Mutarelli
Direção: Ander Belotto
Elenco: Alessandra Souza, Jessica Christmann, Juliano Rabello, Kevin Brezolin, Diego Acauan, Luiza Sansone e Natália Xis
Quadrinhos: Marina Oliveira
Originado na disciplina: Atuação IV
Orientação: Mirna Spritzer

Sinopse: O circo acabou. As personagens não buscam o divertimento. Elas buscam quase desesperadamente, através do consumo, o conforto. Não há motivos para rir. O riso é apenas um espasmo. É preciso acreditar em uma nova forma de salvação. O palhaço perdeu seu emprego. Nós estamos perdendo os nossos. É obrigação do palhaço receber nossa arrogância. O palhaço não é engraçado. Cabe a ele engolir nossa fúria. Daremos uma festa para um palhaço que não foi convidado. Já não nos importa a felicidade, apenas parecermos felizes. Estamos no mesmo barco, que sabidamente afunda. Só nos resta uma boa poltrona para que possamos, de forma confortável, aguardar que as águas nos libertem. Não para uma nova ou melhor existência mas, para vida nenhuma. O palhaço enfia a cabeça no balde e a mantém submersa por cinco minutos. A água não mais purifica, apenas abafa o mundo. Às personagens, restam apenas lembranças, vagas, imprecisas, que não se compartilham. Dividem o mesmo espaço, mas não o mesmo tempo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Efêmera Arte: O Coração Delator

Matéria da UFRGS TV sobre o espetáculo "O Coração Delator", que esteve em cartaz pelo TPE no mês de Junho.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O Coração Delator


"O Coração Delator"

Todas as quartas-feiras de JUNHO, às 12h30 e 19h30.
As apresentações serão excepcionalmente na CIA DE ARTES (Rua das Andradas, 1780) este mês por causa da interdição da Sala Alziro Azevedo.

Sinopse: Em uma trama surpreendente, O Coração Delator conta a história de um homem que está decidido a provar sua sanidade. O espetáculo, baseado na obra homônima do escritor norte americano Edgar Allan Poe, traz à tona os limites do homem diante de seus medos.


Texto: Edgar Allan Poe
Direção e Atuação: Pedro Nambuco
Orientação: Cristiane Werlang
Originado na disciplina de Estágio de Atuação I
Sonoplastia: Lourenço Gil
Iluminação: Lucca Simas
Operação de Luz: Leonardo Silveira
Fotos: Edu Fontoura
Duração: 30 min
Classificação: 14 anos

terça-feira, 29 de maio de 2012

Matéria da UFRGS TV sobre o espetáculo "O Feio - in process", que encerra sua temporada nessa quarta, 30/05, no Instituto Goethe, às 12h30 e 19h30.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Crítica: O Feio - In Process, por Eriam Schoenardie


Iniciado na disciplina de Atelier I e prolongado em Estágio I, ambas sobre orientação de Patrícia Fagundes, O Feio – In Process é o espetáculo em cartaz no mês de maio no Projeto Teatro, Pesquisa e Extenção (TPE). A montagem, inclusive, já se mostra preparada para deixar o âmbito acadêmico para uma temporada no Goethe-Institut Porto Alegre no próximo mês, onde o público será agraciado com a versão final da peça. Contudo, é evidente que essa cereja do bolo só é possível graças a uma massa muito consistente, que usa de recursos policênicos como fermento e do panorama da perda de identidade do homem contemporâneo como recheio.
                O texto do dramaturgo alemão contemporâneo Marius von Mayenburg foi traduzido especialmente para esta montagem por Francisco Klinger Carvalho e pela própria diretora do espetáculo, Mirah Laline. O mérito inicial da encenação está na escolha de explorar a comicidade latente da obra, que acaba por servir como cerne principal para a origem consequente de todas as outras construções em palco, desde o ritmo da ação até os formatos escrachados de atuação. Em contrapartida, o que faz com que tudo isso não se torne apenas mais uma comédia rasgada é a essência ideológica do texto, que parece respeitosamente preservada e que acaba por conferir ao todo não só o riso satírico, mas também a seriedade do questionamento do ser.
                No chão do palco vemos uma espécie de campo de disputas desenhado, remetendo ao jogo de interessas no qual a história é calcada. Fora dessas linhas, os atores despem seus personagens, no melhor estilo Brecht. O figurino executivo usado por todos os atores vem ao encontro das negociações comerciais que circundam a trama e parece concretizar uma padronização que, na verdade, é a temática de toda a obra. A iluminação é precisa e satisfatória, e a única ressalva que faço é quanto à marcação de um ator fora do foco da luz com o intuito de fazer uma piada: a proposta como elemento avulso de metateatralidade não surte efeito, pois seria necessário que essa brincadeira com os mecanismos teatrais viesse acompanhada de outras situações similares, que não acontece.
                Não há tempo para distrações. A ação desenvolvida se dá em um ritmo acelerado e intenso, que a cada nova cena parece mais eficiente e que só não é alcançado na cena da conferência de empresas, em que os atores trabalham na quase imobilidade por tempo em demasia. O irônico é que essa dinamicidade é possibilitada justamente pelas transições de cena, muitas vezes o tendão de Aquiles de muitas montagens. Duas cadeiras e uma mesa com rodas em suas pernas, a iluminação bem marcada e o jogo teatral rápido dos atores associam-se para que não haja intervalos na narrativa. Há algo de cinema em O Feio, pois parece que a apresentação passou por uma hábil edição, que costurou pontualmente uma cena à outra. Falando de cinema, as poucas, mas interessantes, projeções de vídeo só pesam a seu favor – desde uma avulsa propaganda de hotel, responsável pela conquista da atenção do público logo nos minutos iniciais, até vídeos cirúrgicos reais que são causadores de um incômodo e de uma angustia que culminam na inserção do espectador frente à temática de discussão.
Outro artifício para a não dispersão das percepções do espectador é concretizado por coreografias ora vibrantes ora clichês, que desempenham um papel de injeção de adrenalina em cena. Exemplo vivo disso é a cena de abertura, uma longa sequência de movimentos que se apropria tanto de precisão como de caos corporal para conferir um princípio visceral a montagem desde seu primeiro momento, ato arriscado, mas que não decepciona. Tudo isso ao som do industrial metal dos alemães do Rammenstein, com certeza uma das escolhas musicais mais felizes. A trilha sonora pesquisada é um elemento bastante presente na composição de muitas cenas, porém em alguns casos trabalha com certa obviedade, que faz surgir a vontade de que ao invés de ser tão abrangente seguisse uma linha sonora mais específica, como, por exemplo, a do industrial metal ou talvez de músicas de origens germânicas (afinal, também temos Klaus Nomi).
                A cerca das atuações, é inevitável destacar que Paulo Roberto Farias nos presenteia com uma inspirada composição de seus dois personagens, na qual é nítido que o ator partiu do mesmo ponto em comum (dadas as características similares entre ambos), mas explorou as nuances que diferenciariam estas figuras e assim chegou a um chefe cínico e debochado e a um médico doentio e espasmódico.  Danuta Zaghetto segue pela mesma linha, mostrando-se versátil, pois enquanto uma de suas personagens é um arquétipo que vai ao poucos convencendo o espectador, a outra segue por um caminho mais realista, com uma sinceridade expressiva que conquista nossa simpatia de instantâneo. Marcelo Mertins constrói melhor o papel de principal oponente do protagonista do que o de filho gay da uma velha empresária, talvez pela pouca participação deste segundo e uma menor apropriação do personagem. Já Rossendo Rodrigues, que encarna somente Lette (o protagonista dessa guerra moderna do ser e do parecer), parece se apropriar de características corporais de alguns dos seus trabalhos anteriores, como a fragilidade herdada por Michael Jackson e a canalhice do indivíduo da primeira cena de Breves Entrevistas com Homens Hediondos, para aqui desenhar a perceptível escala de evolução exigida para o personagem título.
                Por fim, é inerente parabenizar todos, principalmente a diretora, pela concretização de “um mosaico polifônico que reflete a jovialidade vibrante e inquieta da equipe criativa.” Sim, esse objetivo parece atingido em cheio, em uma proposta cênica vigorosa que, mesmo “In Process”, é mais lapidada do que muitas encenações já finalizadas. O Feio é belo, possui atrativos múltiplos e, por todos os motivos descritos, se firma como um dos melhores projetos do Departamento de Arte Dramática (DAD) que eu já vi.

* Eriam Schoenardie é aluno do 3º semestre de Teatro do Departamento de Arte Dramática da UFRGS.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Programação completa de 2012


ABRIL: Ensaio Sobre A Repetição

Sinopse: Repetições ou diferenças? O que se repete na aparência e o que realmente estamos repetindo? A partir desta indagação o grupo observou como a repetição está presente em nossas vidas. Através de pequenas histórias que abordam nossos padrões de aprendizado e comportamento, nossos hábitos cotidianos e nossas relações sociais, criamos um espetáculo onde duas atrizes transitam pelas variáveis da repetição partindo de uma dramaturgia construída com histórias pessoais e fragmentos dos textos de Sarah Kane, Gabriel García Márquez e Fernando Pessoa. O corpo imagético das atrizes, atravessado pela música ao vivo, se aventura em uma composição cênica sem personagens e nos instiga a rever nossas próprias repetições.
MAIO: O Feio “in process”

Sinopse: Lette, criativo engenheiro de sistemas elétricos, pensava que era “normal”, mas no dia em que a empresa onde trabalha o proíbe de participar da promoção de sua mais recente invenção industrial, a Tomada de alta tensão 2CK, ele descobre que é “feio”. Convencido – inclusive por sua mulher – da sua catastrófica feiúra, Lette acaba se dirigindo a um cirurgião plástico que lhe cria o rosto ideal, tornando-o irresistível à sua mulher, a uma série de admiradoras no circuito de palestras e até mesmo à chefe de uma grande empresa e ao seu filho gay. Todo este entusiasmo acaba, contudo, por dar lugar ao desespero, quando Lette descobre que o cirurgião repetiu a operação em outros homens e se depara com um mundo subitamente invadido por um sem número de sósias seus.
JUNHO: O Coração Delator

Sinopse: Em uma trama surpreendente, O Coração Delator conta a história de um homem que está decidido a provar sua sanidade. O espetáculo, baseado na obra homônima do escritor norte americano Edgar Allan Poe, traz à tona os limites do homem diante de seus medos.
AGOSTO: O Que Você Foi Quando Era Criança?

Sinopse: O circo acabou. As personagens não buscam o divertimento. Elas buscam quase desesperadamente, através do consumo, o conforto. Não há motivos para rir. O riso é apenas um espasmo. É preciso acreditar em uma nova forma de salvação. O palhaço perdeu seu emprego. Nós estamos perdendo os nossos. É obrigação do palhaço receber nossa arrogância. O palhaço não é engraçado.Cabe a ele engolir nossa fúria. Daremos uma festa para um palhaço que não foi convidado. Já não nos importa a felicidade, apenas parecermos felizes. Estamos no mesmo barco, que sabidamente afunda. Só nos resta uma boa poltrona para que possamos, de forma confortável, aguardar que as águas nos libertem. Não para uma nova ou melhor existência mas, para vida nenhuma. O palhaço enfia a cabeça no balde e a mantém submersa por cinco minutos. A água não mais purifica, apenas abafa o mundo. Às personagens restam apenas lembranças. Vagas, imprecisas, que não se compartilham. Dividem o mesmo espaço, mas não o mesmo tempo. 
SETEMBRO: Sonhe

Sinopse: Muito alto pra ouvir e muito claro pra ver.
Em “?SÖÑhÊ#1” a busca pelo onírico, diegetiza fragmentos das sensibilidades humanas e sua cultura, em porções sobre carregadas de informações, transitando entre ator e projeção pelos contrapontos energéticos ocasionados entre o corpo, a mente, a fala e a razão. Em outras e poucas palavras: o amor comeu essa sinopse.
OUTUBRO: Experimento Nelson 5 - Osculum

Sinopse: O experimento cênico é livremente inspirado na obra “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues. A Encenação revela uma família que é confrontada com uma situação anormal, segundo os padrões da sociedade na qual está inserida: um homem beija outro homem na boca, pouco antes de sua morte. A situação logo toma proporções gigantescas, quando a mídia, juntamente com a polícia, transforma o fato em uma nóticia bombástica. A policia age de forma oposta ao seu carácter social; a mídia usa o acontecido como mercadoria que lhe é ofertada. Dessa forma, o que se vê em “O Beijo no Asfalto” são indivíduos sendo esmagados pelas engrenagens de seu meio social, tomado de corrupção, preconceito e autoritarismo.
NOVEMBRO: Lady Macbeth

Sinopse: A personagem pintada por Shakespeare com as cores da força e da ambição desmancha-se nas perturbadas visões de um desejo frustrado. Ninguém viu a mancha que teimava em permanecer. Ninguém viu porque ela fugia como um sonho que não se permite abraçar, embora tão próximo, quase real. Ninguém viu, mas ela estava lá.
Todas as quartas-feiras, na Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340).
Às 12h30 e 19h30.

domingo, 6 de maio de 2012

O Feio - "in process"


O Feio - "in process". Todas as quartas-feiras de MAIO, sempre às 12h30 e 19h30, na Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340, Centro).

Sinopse: Lette, criativo engenheiro de sistemas elétricos, pensava que era “normal”, mas no dia em que a empresa onde trabalha o proíbe de participar da promoção de sua mais recente invenção industrial, a Tomada de alta tensão 2CK, ele descobre que é “feio”. Convencido – inclusive por sua mulher – da sua catastrófica feiúra, Lette acaba se dirigindo a um cirurgião plástico que lhe cria o rosto ideal, tornando-o irresistível à sua mulher, a uma série de admiradoras no circuito de palestras e até mesmo à chefe de uma grande empresa e ao seu filho gay. Todo este entusiasmo acaba, contudo, por dar lugar ao desespero, quando Lette descobre que o cirurgião repetiu a operação em outros homens e se depara com um mundo subitamente invadido por um sem número de sósias seus.

Autor: Marius Von Mayenburg
Tradução: Francisco Klinger Carvalho e Mirah Laline
Direção: Mirah Laline
Elenco: Danuta Zaghetto, Marcelo Mertins, Paulo Roberto Farias e Rossendo Rodrigues.
Orientação: Patrícia Fagundes
Originado na disciplina de Aletier de Criação I
Trilha sonora: Mirah Laline
Figurinos: Marina Kerber
Iluminação: Lucca Simas
Cenografia: Marcelo Mertins e O grupo
Vídeo: João de Queiróz
Projeção de Vídeo: Maurício Casiraghi
Fotos: Felipe Rossato
Duração: 50 minutos

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Crítica: Ensaio Sobre A Repetição, por Guilherme Nervo



A Dança das Garrafas de Vidro

            Ensaio Sobre a Repetição inicia com uma partitura corporal que as duas atrizes repetem com algumas modificações. O cenário revela um quadrado do tamanho do palco com garrafas verdes de vidro. Sofia Vilasboas entra em cena revelando um corredor iluminado por uma luz vermelha. Ela bebe o conteúdo de algumas garrafas e sai. Carolina Pommer entra em cena com um corpo mais decidido, como uma lança pronta para ser fincada na plateia. Ela lê o bilhete na garrafa, ri, bebe e sai. Não há qualquer personagem em cena e eles nem aparecerão. O que está em questão é a performance. A sonoplastia de Rodrigo Pereira conjuga tambor, faluta e pratos; assim como um metrônomo, é a trilha sonora que rege o movimento das atrizes. A escolha da sonoplastia feita ao vivo foi muito feliz e gerou excelentes resultados.
Quem é você?
Eu não sei, eu não me lembro.
Não abra a porta! O corredor está cheio de sonhos difíceis.
            Pode ser paradoxal, mas toda a energia apresentada no corpo de Carolina, não está em sua voz, que soa arranhada. O que não acontece com Sofia, que apresenta uma voz agradável e com nuances. O figurino não tem pretensões, elas usam uma blusa e saia. O que não significa que elas representem apenas mulheres, me parece, inclusive, que centenas de homens, mulheres e crianças passam pelos seus corpos, às vezes numa fração de segundo.
            Ao querer definir “repetição” o espetáculo se torna didático, mas logo essa atmosfera é rompida com os exemplos lúdicos como levar guarda-chuva em dia de sol, tomar café com cigarro, ver a novela das cinco, das seis, das sete, das oito e das nove, ficar paralisado, tentar se separar dez vezes do mesmo namorado. A questão é lançada: por que repetimos atos dolorosos infinitamente se eles não nos proporcionam prazer?
            Duas histórias são contadas utilizando-se da metáfora. Garrafas de leite azedo espalhadas pela casa demarcam brigas consumadas, bilhetes de despedida em todos os lugares da casa demarcam o esforço que requer uma despedida definitiva. Chega então a primeira interação com a plateia, as luzes acendem e as perguntas são lançadas: como foi seu dia, por que você usa esse corte de cabelo, quantas vezes você disse bom dia hoje?
            HOJE eu saí de casa...
            Chega então o momento da melhor partitura da peça, as atrizes narram ações físicas enquanto seu corpo (ou o da outra) as ilustra. Há dinâmica, atmosfera e equilíbrio. Várias imagens passam pela nossa cabeça, enquanto o ritmo aumenta até alcançar um frenesi. O auge do espetáculo acontece aqui, quando Sofia dança através das garrafas espalhadas (com as mãos e pés colados no chão) enquanto responde ao interrogatório de Carolina. Há poesia e verdade nessa cena, sem faltar comicidade. Mas o interrogatório vai ficando cada vez mais ácido até perguntar a ela se é o tipo de mulher que vai pra cama na primeira noite.
Profissão? Atriz. Profissão? Atriz! Profissão? Psicóloga!
Você demonstra suas carências?
            Sofia grita sim! sim! sim! até desmoronar no chão. As garrafas caem, algumas quebram. É a vez de Carolina dar uma aula de etiqueta feminina. O que parece ser desmentido pela forma como ela bebe o conteúdo da garrafa logo depois de terminar de falar. Agora as atrizes começam a narrar frustrações amorosas como namoros à distância, mudança de cidade, despedidas. É possível perceber os recortes de textos de Fernando Pessoa, Gabriel García Marquez e Sarah Kane. Falta a construção de uma personagem? Talvez sim, mas nem tanto. Essa necessidade vem e vai, é mutante. O espetáculo se faz sem personagens, não há dúvida.
            Uma das atrizes decide que o melhor a ser feito é uma reconciliação, portanto ela junta todas as garrafas no centro, como quem está decidido de que agora o amor vai dar certo. Ilusão. Não, eu não te amo. Pode ficar com as tuas coisas. O que resta é ler o poema da garrafa.
Ainda que se mova o trem, tu não te moves de ti.
            A última cena é linda, a areia despejada entra na garrafa do meio enquanto faz marcas circulares no chão. Vem a sensação de estar no mar e na areia, na grama e no barro, no asfalto quente e no assoalho frio. Uma última coisa deve ser dita: Ensaio Sobre a Repetiçãomerece mais do que quarenta minutos.
Um brinde!

*Guilherme Nervo é estudante do Departamento de Arte Dramática da UFRGS e já possui um blog de críticas teatrais: http://percebeoteatro.blogspot.com.br/

domingo, 22 de abril de 2012

Efêmera Arte: Ensaio Sobre a Repetição


Matéria da TV UFRGS sobre o espetáculo do mês de ABRIL do TPE: Ensaio Sobre A Repetição.

Não perca as últimas apresentações na QUARTA-FEIRA, dia 25/04, às 12h30 e 19h30.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ensaio Sobre A Repetição


É com grande satisfação que o Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes da UFRGS dá início às atividades da 10ª Mostra Anual Universitária de Teatro: Teatro, Pesquisa e Extensão (TPE).

"Ensaio Sobre a Repetição". Todas quartas-feiras de ABRIL, sempre às 12:30 e às 19:30, na Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340, Centro).

Sinopse: Repetições ou diferenças? O que se repete na aparência e o que realmente estamos repetindo? A partir desta indagação o grupo observou como a repetição está presente em nossas vidas. Através de pequenas histórias que abordam nossos padrões de aprendizado e comportamento, nossos hábitos cotidianos e nossas relações sociais, criamos um espetáculo onde duas atrizes transitam pelas variáveis da repetição partindo de uma dramaturgia construída com histórias pessoais e fragmentos dos textos de Sarah Kane, Gabriel García Márquez e Fernando Pessoa. O corpo imagético das atrizes, atravessado pela música ao vivo, se aventura em uma composição cênica sem personagens e nos instiga a rever nossas próprias repetições.

Direção: Júlia Rodrigues
Elenco: Carolina Pommer e Sofia Vilasboas
Dramaturgia: Carolina Pommer, Júlia Rodrigues e Sofia Vilasboas
Orientação: Patrícia Fagundes
Originado na disciplina de Estágio de Atuação II
Trilha Sonora e Sonoplastia: Rodrigo Pereira
Figurino: Letícia Pinheiro e Isadora Fantin
Iluminação: Kevin Brezolin
Fotos: Luciano Valério
Realização: Grupo Barraquatro
Duração: 40min
Classificação: 14 anos