segunda-feira, 6 de agosto de 2012

TPE Agosto

Neste mês de Agosto, o TPE trás a peça  " O QUE VOCÊ FOI QUANDO ERA CRIANÇA?"  de Lourenço Mutarelli.

O Palhaço (Kevin Brezolin) perde o emprego e pede abrigo na casa de seu primo José ( Juliano Rabello), para ele e para sua esposa, a Mulher Invisível ( Luiza Sansone). O primo, juntamente com sua esposa Shirley ( Jessica Christmann), fazem uma festa de boas vinda. Shirley convida suas amigas da faculdade Carmela ( Alessandra Souza) e o seu marido Erasmo ( Diego Acauan), além de Lila ( Natália Xis). Esses personagens que são obrigados a dividir o mesmo espaço, passam ao decorrer do espetáculo a dividir o mesmo tempo. Fitas de interdição ajudam nessa espacialização, e na divisão do espaço.

O espetáculo, que acontece em todo o mês de Agosto no Teatro de Arena, conta com um público reduzido. Apenas 30 pessoas podem prestigiar "a chegada do palhaço" a cada sessão. Uma relação íntima com o espectador é traçada, enquanto os atores se colocam em cena como personagem.

" O Que Você Foi Quando Era Criança?"
Teatro de Arena - Borges de Mederiros, 835.
Dias 01/08/15/22/29 de agosto 
Horario: 12:30 e 19:30

ENTRADA FRANCA!
Senhas uma hora antes

Ficha Técnica
Autor: Lourenço Mutarelli
Direção: Ander Belotto
Elenco: Alessandra Souza, Jessica Christmann, Juliano Rabello, Kevin Brezolin, Diego Acauan, Luiza Sansone e Natália Xis
Quadrinhos: Marina Oliveira
Originado na disciplina: Atuação IV
Orientação: Mirna Spritzer

Sinopse: O circo acabou. As personagens não buscam o divertimento. Elas buscam quase desesperadamente, através do consumo, o conforto. Não há motivos para rir. O riso é apenas um espasmo. É preciso acreditar em uma nova forma de salvação. O palhaço perdeu seu emprego. Nós estamos perdendo os nossos. É obrigação do palhaço receber nossa arrogância. O palhaço não é engraçado. Cabe a ele engolir nossa fúria. Daremos uma festa para um palhaço que não foi convidado. Já não nos importa a felicidade, apenas parecermos felizes. Estamos no mesmo barco, que sabidamente afunda. Só nos resta uma boa poltrona para que possamos, de forma confortável, aguardar que as águas nos libertem. Não para uma nova ou melhor existência mas, para vida nenhuma. O palhaço enfia a cabeça no balde e a mantém submersa por cinco minutos. A água não mais purifica, apenas abafa o mundo. Às personagens, restam apenas lembranças, vagas, imprecisas, que não se compartilham. Dividem o mesmo espaço, mas não o mesmo tempo.