quarta-feira, 22 de maio de 2013

Efêmera Arte





Olhem que legal a entrevista do pessoal do "Andróginos" para o programa Efêmera Arte , da UFRGS TV.




Pessoal , olhem a critica que Manu Goulart , aluna do DAD escreveu sobre o espetáculo desse mês...


 Quando “Andróginos” estreou, no ano passado, eu não pude assistir. Porém eu me interessei muito pelo conteúdo e resolvi saber mais sobre a peça. Assim sendo, li o Trabalho de Conclusão de Curso da diretora, Isandria Fermiano, e adorei. Então, finalmente, esse ano eu consegui assistir ao seu trabalho.
“O que esta pele diz do que eu sou?”
Eis algo que eu muito me questiono. Por eu ser mulher eu necessito agir como uma? Mas o que é ser mulher? Será que eu preciso usar salto alto ou vestido para ser uma mulher? Meros padrões que a sociedade estipula. “Pegue um bebê e coloque nele roupas azuis. Com ele serão feitas brincadeiras mais violentas e ele será chamado por apelidos no aumentativo. Coloque no mesmo bebê roupas cor-de-rosa, as brincadeiras feitas com ele serão carinhosas e delicadas e tudo será dito no diminutivo”. Eu, Manu, desde criança preferia usar cores escuras. Ai dos meus pais se me vestissem de rosa. Na escola, a hora do recreio era o momento de brincar de pega-pega com os guris. Afinal, as gurias preferiam sentar num canto e conversar. E no meu aniversário de 15 anos? “Mãe, eu não quero Baile nenhum. Compra pra mim um teclado”. E aí?! O que me diz? E então, “já decidiu o que vai ser?”. Enfim, o espetáculo me tocou bastante. Tanto pela encenação, quanto pela atuação e texto dramatúrgico. Seria o diálogo entre atores e público? Ou o uso de relatos que penetram na mente do espectador fazendo com que ele reflita sobre o que está sendo dito? Quem sabe a bem pensada iluminação? Ou talvez a envolvente trilha sonora? Não sei ao certo. A mescla de todos os elementos, anteriormente citados, fez com que eu voltasse a Alziro para assistir novamente à peça. Assistiria novamente? Com certeza! Longa vida, “Andróginos”!