ABRIL: Ensaio Sobre A Repetição
Sinopse: Repetições ou
diferenças? O que se repete na aparência e o que realmente estamos repetindo? A
partir desta indagação o grupo observou como a repetição está presente em
nossas vidas. Através de pequenas histórias que abordam nossos padrões de
aprendizado e comportamento, nossos hábitos cotidianos e nossas relações
sociais, criamos um espetáculo onde duas atrizes transitam pelas variáveis da
repetição partindo de uma dramaturgia construída com histórias pessoais e
fragmentos dos textos de Sarah Kane, Gabriel García Márquez e Fernando Pessoa.
O corpo imagético das atrizes, atravessado pela música ao vivo, se aventura em
uma composição cênica sem personagens e nos instiga a rever nossas próprias
repetições.
MAIO: O Feio “in process”
Sinopse: Lette,
criativo engenheiro de sistemas elétricos, pensava que era “normal”, mas no dia
em que a empresa onde trabalha o proíbe de participar da promoção de sua mais
recente invenção industrial, a Tomada de alta tensão 2CK, ele descobre que é
“feio”. Convencido – inclusive por sua mulher – da sua catastrófica feiúra,
Lette acaba se dirigindo a um cirurgião plástico que lhe cria o rosto ideal,
tornando-o irresistível à sua mulher, a uma série de admiradoras no circuito de
palestras e até mesmo à chefe de uma grande empresa e ao seu filho gay. Todo
este entusiasmo acaba, contudo, por dar lugar ao desespero, quando Lette
descobre que o cirurgião repetiu a operação em outros homens e se depara com um
mundo subitamente invadido por um sem número de sósias seus.
JUNHO: O Coração Delator
Sinopse: Em uma trama surpreendente, O Coração Delator
conta a história de um homem que está decidido a provar sua sanidade. O
espetáculo, baseado na obra homônima do escritor norte americano Edgar Allan
Poe, traz à tona os limites do homem diante de seus medos.
AGOSTO: O Que Você Foi Quando Era Criança?
Sinopse: O circo acabou. As personagens não buscam o
divertimento. Elas buscam quase desesperadamente, através do consumo, o
conforto. Não há motivos para rir. O riso é apenas um espasmo. É preciso
acreditar em uma nova forma de salvação. O palhaço perdeu seu emprego. Nós
estamos perdendo os nossos. É obrigação do palhaço receber nossa arrogância. O
palhaço não é engraçado.Cabe a ele engolir nossa fúria. Daremos uma festa para
um palhaço que não foi convidado. Já não nos importa a felicidade, apenas
parecermos felizes. Estamos no mesmo barco, que sabidamente afunda. Só nos
resta uma boa poltrona para que possamos, de forma confortável, aguardar que as
águas nos libertem. Não para uma nova ou melhor existência mas, para vida
nenhuma. O palhaço enfia a cabeça no balde e a mantém submersa por cinco
minutos. A água não mais purifica, apenas abafa o mundo. Às personagens restam
apenas lembranças. Vagas, imprecisas, que não se compartilham. Dividem o mesmo
espaço, mas não o mesmo tempo.
SETEMBRO: Sonhe
Sinopse: Muito alto pra ouvir e muito claro pra ver.
Em “?SÖÑhÊ#1”
a busca pelo onírico, diegetiza fragmentos das sensibilidades humanas e sua
cultura, em porções sobre carregadas de informações, transitando entre ator e
projeção pelos contrapontos energéticos ocasionados entre o corpo, a mente, a
fala e a razão. Em outras e poucas palavras: o amor comeu essa sinopse.
OUTUBRO: Experimento Nelson 5 - Osculum
Sinopse: O experimento cênico é livremente inspirado
na obra “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues. A Encenação revela uma
família que é confrontada com uma situação anormal, segundo os padrões da
sociedade na qual está inserida: um homem beija outro homem na boca, pouco
antes de sua morte. A situação logo toma proporções gigantescas, quando a
mídia, juntamente com a polícia, transforma o fato em uma nóticia bombástica. A
policia age de forma oposta ao seu carácter social; a mídia usa o acontecido
como mercadoria que lhe é ofertada. Dessa forma, o que se vê em “O Beijo no
Asfalto” são indivíduos sendo esmagados pelas engrenagens de seu meio social,
tomado de corrupção, preconceito e autoritarismo.
NOVEMBRO: Lady Macbeth
Sinopse: A personagem pintada por Shakespeare com as cores da força e da
ambição desmancha-se nas perturbadas visões de um desejo frustrado. Ninguém viu
a mancha que teimava em permanecer. Ninguém viu porque ela fugia como um sonho
que não se permite abraçar, embora tão próximo, quase real. Ninguém viu, mas
ela estava lá.
Todas as quartas-feiras, na Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340).
Às 12h30 e 19h30.
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